segunda-feira, 21 de março de 2011

Segredos da noite...

Toque-me devagar,
Sem pressa,
a noite é lenta e só nossa...
Será cúmplice deste momento...
Meu corpo colado ao teu,
Teu cheiro misturado ao meu perfume,
Minha língua como seda
deslizará por teu corpo.
Como abelha faminta,
sugarei teu néctar
para que em mim
se faça mel...
Deixe-me ser selvagem,
e teu corpo demarcar...

Deite-me... abra-me...
Que eu te receberei...

E te recebendo, receberás....
Boca e seios
ancas e entranha.

Neste momento sou sua
inteiramente sua...

tesão, desejo, gozo...

Depois adormeceremos,
E juntos,recuperaremos as forças
para novamente reiniciarmos....
Um no corpo do outro.

domingo, 20 de março de 2011

Feitos de silêncio...

Entre eles não existem verdades ou mentiras,

Não existem toques, não existem sons...

O que existe então?

Existe a certeza.

Certeza do arrepio na pele.

A certeza do calor do corpo.

A certeza de que o mesmo desejo

Que queima em um, consome o outro também.

Existe a certeza da liberdade de ação e reação.

A certeza inexorável de que

O prazer é compartilhado de forma única e inexplicável

E a maior certeza de todas é saber

Que o gozo que explode nele

Chega até ela de forma plena.


domingo, 13 de março de 2011

Pra sempre...

Preciso do teu silêncio cúmplice,
sobre minha falhas,
não fale.
Um sopro, a menor vogal
pode me desamparar.
E se eu abrir a boca
minha alma vai rachar.
O silêncio, aprendo,
pode construir.
É um modo denso/ tenso
de coexistir.
Calar, às vezes
é fina forma de amar.

Apenas aceite-me...


Aceite-me como sou.
Não venho com garantia...
Trago dentro de mim,
Sonhos e esperanças.

Tenho também
Muita vontade de aprender
a ser melhor a cada dia,
Sem a pretensão de ser perfeita.
Meu conhecimento é incompleto.
Estou na busca o tempo todo,

Sorrio e choro,
Amo e odeio,
Grito e silencio,
Tudo num mesmo dia.
Sem com isso perder a capacidade de aprender
Com cada um desses sentimentos.

Eu tenho um longo caminho a ser percorrido,
assim como você também.
Aprendendo nossas lições pelo caminho,
Atingiremos a Sabedoria.

Sendo assim,
aceite-me como sou!
Porque eu sou só eu.
Apenas eu.

Não há ninguém igual a mim no mundo.
Esta é a única garantia que carrego comigo.
É assim que me sinto.

Eu tenho um coração,
Olhe- me e veja-o!
Cuide bem dele,
Ele é tudo que eu sou.

*Texto Adaptado*

sexta-feira, 11 de março de 2011

Eram apenas ele e ela...


O último passo do ritual fora cumprido.

Ela ainda sentia a sensação do rímel molhado sobre seus cílios; comprimiu os lábios para reforçar o batom cor de boca que acabara de passar quando ouviu o barulho do carro que parava em frente à sua casa.

Pegou sua bolsa e deu uma ultima olhada no espelho, o reflexo era de uma mulher feliz, portanto, poderosa.

Seu coração batia descontroladamente só de pensar no sabor daqueles lábios carnudos do homem que a esperava no carro

Em seus pensamentos, buscava algo que a proibisse de sentir aquela sensação com gosto de novidade e de estar apaixonada daquele jeito por um estranho que entrou na sua vida assim e que a desconcertava daquela maneira.

Toda sua vida de metas e sonhos reais estava agora abrindo as portas para um sentimento surreal, totalmente fora do controle da sua mente acostumada a conduzir tudo de forma tão linear.

Enfim, tudo que fazia era sempre perfeito.

Ao abrir a porta do carro, sentiu aquela fragrância maravilhosa do perfume dele que a embriagava e a enchia de desejos.

Entrou, sentou-se, e ao olhar para ele, desejou que aquele momento se eternizasse.

Era como se nada no mundo tivesse mais importância, eram apenas ele e ela.

Seus olhos admiravam cada traço daquele rosto expressivo, olhos profundos, portadores de certo mistério que a enlouquecia, além de uma boca maravilhosa, gostosa, que dava vontade de morder, se perder...ou se encontrar...

Presa em seus pensamentos desconexos, nem percebeu quando ele aproximou-se dela e tocou seus lábios, dando-lhe um beijo quente, molhado; quente como ficava sua temperatura quando ele lhe tocava.

Um misto de prazer e loucura tomava seu corpo.

Ela adorava se perder naquele êxtase sensual que envolvia os dois sempre que estavam juntos.


Quando as mãos dele tocavam seu corpo, toda a sua carne tremia e um arrepio tomava conta da sua coluna, descia pela região lombar e fazia morada no lugar mais íntimo do seu corpo.

Neste momento ela se sentia como uma adolescente se entregando pela primeira vez ao namorado que a seduzira na porta da escola e a levara para conhecer o mundo além dos portões da sua sensatez.

E assim, mergulhados no mundinho que era só deles, sentiu o movimento do carro que tomava uma direção ainda desconhecida.

Para ela, esta certeza era indiferente naquele momento. Então, colocou a mão para fora do vidro totalmente aberto, fechou os olhos e sentiu a brisa suave que tocava sua pele, e mesmo sem olhar para o moço ao seu lado, sentia o calor dos olhos dele que queimava seu corpo, inundava sua alma e alimentava um sonho louco que a envolvia cada vez mais.