quinta-feira, 21 de abril de 2011

Máquina do tempo...

Quero ao menos por hoje,
despir me de mim mesma,
esquecer esse adeus.
Quero ao menos por hoje,
imaginar me ser outra,
te conquistar.
Quero ao menos por hoje,
superar barreiras, te encontrar.
Quero ao menos por hoje,
perdoar nossos erros,
me superar.
Quero ao menos por hoje,
enganar me a mim mesma,
te procurar.
Quero ao menos por hoje,
esquecer a realidade,
quero te amar.


O que sei?

O que sei
é que até há pouco tempo
eu não sabia dizer quem eu era.
Agora?
Sei menos ainda.
Não sei quem sou
nem o que sou,
pois o que pensava que era
não é o que sou.
Estou me desintoxicando do que era
para ser o que sou.
Não compreendo ainda quem sou,
mas estou à procura de mim.
Tá entendendo?
Ufa! Que maravilha!
Pensei que só eu não entendia.


terça-feira, 5 de abril de 2011

A primeira viagem...

Fim de tarde.
Um passeio de mãos dadas à beira-mar.

A brisa soprava em seus rostos, deixando os cabelos em desalinho.

As ondas molhando-lhes os pés, renovando os sentidos e o barulho do mar dominando-lhes os pensamentos.

Olharam para os lados e viram que haviam mais pessoas ali....crianças correndo livres e felizes, brincando com seus cachorros, pessoas solitárias apenas caminhando, sem saber muito bem onde chegar...e casais de namorados se beijando completando o quadro que se desenhava à frente deles.

A noite caia lentamente, e o sol aos poucos, com pouca vontade, ia adormecendo atrás da imensidão do mar, que o abraçava carinhosamente, dando de presente aos dois, um cenário impressionantemente lindo, e deixando em ambos, um desejo incontido.

Quando finalmente ela se faz presente, possibilitou aos dois a realização dos sonhos sonhados há algum tempo.

Tudo era perfeito.

Envolvidos numa atmosfera de descobertas, foram tomando o corpo um do outro e a noite se fez de olhares e toques; de cheiros e carícias; de bocas e contatos; de mãos e peles; de umidade e calor; de prazer e amor...

E assim foram se descobrindo e redescobrindo até o nascer de um novo dia... Seus corpos nus e exaustos, foram brindados com o esplendor do astro-rei em sua plenitude, tal qual os dois, que se apresentavam plenos de amor e prazer.

Adormeceram...

Algumas horas se passaram.

Então ele a despertou com um beijo delicado e carinhosamente lhe ofereceu uma bandeja com café da manhã, adornada por uma linda rosa vermelha.

Como era de se esperar, os olhares se cruzaram e mais uma vez suas bocas se encontraram e seus corpos se entregaram ao amor e ao desejo que os consumia... e desta vez o amor se fez, tendo como testemunha o sol que alto, brilhava no céu.

E o café da manhã?

Ahhh...esse pode esperar...