E de repente ela se viu em meio a um vendaval...
Via todos seus sonhos, seus desejos e sua felicidade, sendo carregados impiedosamente por aquele vento que surgiu tão repentinamente.
E por mais que tentasse segura-los, não pode impedir o vento de seguir seu curso.
Quanto mais olhava, mais distante ficava sua força e segurança.
Sentou e chorou, chorou muito tentando entender os motivos do vento...
Inútil.
O vento levou também o brilho do sol, o calor dos dias e a paz das noites.
Nada mais despertava nela a vontade de sorrir.
Doía-lhe olhar as flores e vê-las todas iguais, sem cores nem perfume característicos de cada uma delas.
Depois de algum tempo maldizendo o que lhe havia acontecido, lembrou-se que o vento que levou o que ela tanto amava era o mesmo que, em algum outro momento da vida, poderia trazer-lhe novos sentimentos.
Sendo assim, imbuiu-se de nova carapaça e saiu andando pelos caminhos destruídos, juntando aqui e ali pedacinhos que reconhecidamente eram dela.
Hoje ela está se reconstruindo.
Tentando resgatar o pouco que sobrou e jogando fora todo o resto destruído pelo vento.
Vai seguindo seu caminho, pedindo ao vento que não faça mais tantos estragos, evitando assim muitas dores.
A vida continua e ela está lentamente recomeçando.
Então ela se pergunta:
- E o vento, por onde andará?
E recebe como resposta, uma brisa suave, como que a dizer-lhe:
- Ou continua seu destino, destruindo tudo o que encontra pela frente, ou por ter escolhido caminhos errados, foi destruído por um vento mais forte que ele...
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