domingo, 26 de dezembro de 2010

Oração de Ano Novo

Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade, a ti pertencem o hoje e o amanhã, o passado e o futuro.

Ao acabar mais um ano, quero agradecer por tudo que recebi de ti.

Obrigada pela vida, pelo amor e pela dor, pelas flores e pelos espinhos, pelo ar e pelo sol, pela alegria e pela tristeza, pelo que foi possível e pelo que não foi também.

A Ti ofereço tudo o que fiz neste ano.

O trabalho que pude realizar, as coisas que passaram pelas minhas mãos e o que com elas pude construir; As pessoas que ao longo destes meses amei, as amizades novas e os antigos amores; os que estão perto de mim e aqueles que pude ajudar, os com quem compartilhei a vida, o trabalho, a dor e a alegria.
Mas também Senhor, quero hoje, Te pedir perdão.

Perdão pelo tempo perdido, pelo dinheiro mal gasto, pela palavra inútil e o amor desperdiçado.

Perdão pelas obras vazias e pelo trabalho mal feito, perdão por viver sem entusiasmo. Perdão pela oração que aos poucos fui adiando e muitas vezes nem as fiz.

Perdão pelos meus descuidos e descrença silenciosa.
Nos próximos dias começaremos um novo ano.

Paro a minha vida diante do novo calendário que ainda não se iniciou e apresento a Ti estes dias que nem sei se chegarei a vivê-los.

Hoje Te peço por mim, por meus parentes e amigos, a Paz e a Alegria, a Fortaleza e a Prudência, a Lucidez e a Sabedoria.
Quero viver cada dia com otimismo e bondade, levando a toda parte um coração cheio de compreensão e paz.

Feche meus ouvidos a toda falsidade e meus lábios às palavras mentirosas, egoístas ou que magoem. Abre sim, o meu ser, a tudo o que é bom.
Que o meu espírito seja repleto de bênçãos para que eu as derrame por onde passar.


Dá-nos um Ano feliz e ensina-nos a repartir a felicidade.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um dia para comemorar...


Há 2 anos nascia este blog.
Foi a forma que encontrei de deixar fluir o que me ia por dentro.
Sabia que ficaria exposta, mas isso não me incomodava, a necessidade era maior do que o receio.
Durante esse tempo ousei postar coisas escritas por mim, e tantas outras coisas saídas de nomes famosos.
Poemas, frases, pensamentos, poesias e algumas vezes apenas imagens.
Fiz deste espaço, meu canto, meu santuário, meu confessionário.
Ah e como me faz bem, vir aqui expressar meus sentimentos sempre tão a flor da pele.
Tem dias que sou puro mel e outros em que estou puro fel, e é aqui que deixo todos esses sinais.
Meu muito obrigada aos amigos que se fizeram presença constante, aos visitantes esporádicos e aos que apenas passam, sem deixar rastros.
Este blog continuará existindo enquanto eu continuar acreditando no amor...
Continuar acreditando que as vezes com uma palavra podemos acalmar um coração atormentado, acreditando que momentos considerados bobos por muitos podem significar uma eternidade.
Momentos de alegrias, de paz, de felicidade devem ser imortalizados, e essa é minha maneira de brindar ao amor e a amizade, pois é só assim que sei fazer.

Obrigada!!!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Metades

Sou...
Calmaria e Tormenta
Tristeza e Alegria
Sol e Chuva
Noite e Dia
Paz e Guerra
Mãe e Mulher
Amante e Amiga
Cúmplice e Delatora
Salgada e Doce
Irritada e Irritante
Repulsiva e Cativante
Aconchego e Desprezo
Ignorante e Culta
Falante e Calada
Mel e Fel
Anjo e Demônio
Fada e Bruxa
Tudo e Nada

Sou feita de sinônimos e antônimos...
Metade esculpida noutra metade...
Me fazendo ser,
Exatamente quem sou.


domingo, 12 de dezembro de 2010

O Fantasma dos Ex


Dificilmente você namora ou está enrolado com uma pessoa 0 km.

Seu grande amor provavelmente já teve um outro grande amor antes de você, assim como você tem alguma quilometragem percorrida também.

Normal.

O problema é quando o ex do seu amor não ficou no passado: ainda ronda o presente.

Você achava que ele estava morto e enterrado, mas que nada, o fantasma ainda assombra.

Manda e-mails, torpedos, telefona, surge nos mesmos lugares em que vocês estão.

Uma praga.

Vocês construíram uma relação supersólida, está tudo indo mais do que bem, não há motivo para desconfiança ou insegurança.

Mas até quando?

O ser humano é saudosista por natureza.

De repente, num momento de carência, você pode não estar por perto e o seu amor se deixar levar por uma sessão nostalgia.

Quem garante que não?

Ninguém garante nada nesta vida.

Eles já tiveram sua vez.

Por alguma razão, não deu certo.

Eu sei, eu sei, isso não quer dizer absolutamente nada, os dois podem ter continuado a se amar mesmo assim, eles podem ter deixado arestas por apontar, eles podem ter coisas entaladas na garganta para dizer um ao outro.

Assustador.

Mas também é muito provável que, se eles tentarem de novo, vão esbarrar nos mesmos problemas que os fizeram separar.

Ex é prato requentado.

Fico mais apreensivo em relação àqueles que podem vir a ser casos passageiros, aventurazinhas bobas, mas que podem surpreender.

Não temo fantasmas, temo gente bem viva, bem acordada, oferecendo novidades, fantasias.

Ex é um direito adquirido.

Chegou antes.

E se seu grande amor cair nessa armadilha, terminar com você e voltar para o passado, relaxe, não se apavore.

Será sua vez de assombrar.

A Ex agora é você.


Dá me tua mão...

Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.
De como entrei naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.
Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.


sábado, 11 de dezembro de 2010

Uma mulher...


Uma mulher caminha nua pelo quarto.
É lenta como a luz daquela estrela,
É tão secreta uma mulher que ao vê-la
nua no quarto pouco se sabe dela.

A cor da pele, dos pêlos, o cabelo,
O modo de pisar, algumas marcas,
A curva arredondada de suas ancas,
A parte onde a carne é mais branca.

Uma mulher é feita de mistérios.
Tudo se esconde: os sonhos, as axilas,
a vagina.
Ela envelhece e esconde uma menina
Que permanece onde ela está agora.

O homem que descobre uma mulher,
será sempre o primeiro a ver a aurora.


Cio...



Quero beijar tua boca,
dormir com você...
Meu desejo é sem pudor
Impaciente...
É urgente.
Teus olhos lançam
Faíscas de tentação...
Teu corpo pulsa,
Doce sensação...
Desejo incontido.
Dividido, sentido...
Pele queimando,
Palavras confusas,
Frases perdidas...
Fogo ardendo,
Gemido, sussurro...
Gozo,
Prazer,
Paz...


Se o amor quiser voltar...



Se o amor quiser voltar,

Que terei pra lhe contar,

A tristeza das noites perdidas

Do tempo vivido em silêncio,

Qualquer
olhar lhe vai dizer,

Que o adeus me faz morrer...

E eu morri tantas vezes na vida.

Mas se ele insistir,

Mas se ele voltar,

Aqui estou sempre a esperar...

A lucidez perigosa...


Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.
Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do que:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
- já me aconteceu antes.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Neste momento...



Neste momento,
penso em você e então
quisera me transformar em vento.
E se assim fosse,
chegaria agora como brisa fresca
e tocaria leve sua janela.
E se você me escuta e
me permite entrar,
em você vou me enroscar
quase sem o tocar.
Vou roçar nos seus cabelos,
soprar mansinho no ouvido,
beijar sua boca macia,
o embalar no meu carinho
Mas eu não sou vento...
Agora sou só pensamento e
estou pensando em você.
E se abrir sua janela,
eu estou chegando aí,
agora...
neste momento,
em pensamento...
no vento.

Coração é terra que ninguém vê

Quis ser um dia,

Jardineira de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.

Quis ser um dia,

Jardineira de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.

Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura da ingratidão

Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração.

Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia.

Porta fechada,
foi que encontrei...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Meus caminhos...

"Se tudo termina sempre da mesma maneira, onde está o erro:
- Nos caminhos percorridos ou na maneira de percorre-los?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Vento, ventania...

E de repente ela se viu em meio a um vendaval...
Via todos seus sonhos, seus desejos e sua felicidade, sendo carregados impiedosamente por aquele vento que surgiu tão repentinamente.
E por mais que tentasse segura-los, não pode impedir o vento de seguir seu curso.
Quanto mais olhava, mais distante ficava sua força e segurança.
Sentou e chorou, chorou muito tentando entender os motivos do vento...
Inútil.
O vento levou também o brilho do sol, o calor dos dias e a paz das noites.
Nada mais despertava nela a vontade de sorrir.
Doía-lhe olhar as flores e vê-las todas iguais, sem cores nem perfume característicos de cada uma delas.
Depois de algum tempo maldizendo o que lhe havia acontecido, lembrou-se que o vento que levou o que ela tanto amava era o mesmo que, em algum outro momento da vida, poderia trazer-lhe novos sentimentos.
Sendo assim, imbuiu-se de nova carapaça e saiu andando pelos caminhos destruídos, juntando aqui e ali pedacinhos que reconhecidamente eram dela.
Hoje ela está se reconstruindo.
Tentando resgatar o pouco que sobrou e jogando fora todo o resto destruído pelo vento.
Vai seguindo seu caminho, pedindo ao vento que não faça mais tantos estragos, evitando assim muitas dores.
A vida continua e ela está lentamente recomeçando.
Então ela se pergunta:
- E o vento, por onde andará?
E recebe como resposta, uma brisa suave, como que a dizer-lhe:
- Ou continua seu destino, destruindo tudo o que encontra pela frente, ou por ter escolhido caminhos errados, foi destruído por um vento mais forte que ele...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

29 de Novembro de 2010


Este dia tinha tudo pra ser mais um dia, um dia comum.
Mas não pra duas pessoas.
Duas pessoas especiais, as quais eu tive o privilégio de conhecer e hoje tenho a honra de fazer parte do círculo de amizades.
Duas pessoas fantásticas, que só quem tem a oportunidade de conviver pode comprovar o que eu digo.
Mas o que houve de tão especial neste dia?
É que na noite de 29/11/2010, todos terão oportunidade de conhecer um pouco mais dessas pessoas.
Nesta noite foi lançado o primeiro livro escrito por elas.
E lançamento em dose dupla.
"Ao pé da nossa janela - de autoria de Cau Alexandre e Jeanne Chaves....(Minha Mestra e a Aluada mais centrada que já conheci)
"Estado Bruto" de Jeanne Chaves, a mesma Aluada.
Foi tanta torcida, tanta espectativa pra chegada desse dia, e finalmente, ele chegou.
E qual não foi minha surpresa e emoção ao chegar do trabalho hoje, e ver , à minha espera, os exemplares tão cobiçados, todinhos pra mim, autografados e com dedicatórias que me fizeram chorar...(novidade elas conseguirem isso né?....rs)
Amo essas duas, agora escritoras.
Deus colocou-as em meu caminho e só tenho que agradecer.
Parabéns à vocês...que estes sejam os primeiros passos pro sucesso.