Alguém chamou por Ninguém.
Amasiaram-se logo cedo.
Alguém se consumiu de amor.
Alguém chorou com calma.
Alguém se foi, virou a esquina.
Solidão deitou-se à calçada
Amasiaram-se logo cedo.
Alguém se consumiu de amor.
Alguém chorou com calma.
Alguém se foi, virou a esquina.
Solidão deitou-se à calçada
Nas ruas, com insistência,
Nasceram Solidão e Ausência,
Ninguém roçou a boca de um poema,
Ninguém aparou uma lágrima,
Ninguém fechou as cortinas,
Anoiteceu, só a Ausência a abraçava.
Nasceram Solidão e Ausência,
Ninguém roçou a boca de um poema,
Ninguém aparou uma lágrima,
Ninguém fechou as cortinas,
Anoiteceu, só a Ausência a abraçava.
*Adaptação de um texto de Jeanne Chaves* - Para que mesmo somente brilhe a esperança.
- Para ler o texto original acesse: http://brisanordeste.blogspot.com/2010/04/so-mente.html
ou ouça-o através do link:
Uma escritora lá do Ceará, você conhece, ela é muito próxima a nós, disse que o texto original se assemelhava a um jogral, referia-se a forma e à repetitividade. Conversando com você precebi sim, um diálogo íntimo que muitos repetem por este mundo a fora. Na tua re-escrita, sem substituir única palavra e agrupando o texto de forma diferente, solidão e ausência "ficaram" poesia... Então, eu vi a esperança.
ResponderExcluirBeijos, Minha I.E.M.A!