Chego em casa e a noite já caiu.
O silêncio é completo.
Acendo todas as luzes, preciso de companhia.
Exausta deixo-me cair no sofá...falta algo.
Essa certeza me incomoda.
Olho pros lados e nada preenche esse vazio.
Pergunto em voz alta, quando é que isso vai acabar...
Não obtenho resposta.
Num impulso pego o telefone, arrisco discar os primeiros dígitos,
O silêncio é completo.
Acendo todas as luzes, preciso de companhia.
Exausta deixo-me cair no sofá...falta algo.
Essa certeza me incomoda.
Olho pros lados e nada preenche esse vazio.
Pergunto em voz alta, quando é que isso vai acabar...
Não obtenho resposta.
Num impulso pego o telefone, arrisco discar os primeiros dígitos,
mas desisto no meio do caminho.
Fecho os olhos e deixo-me ficar ali, imóvel, ouvindo o silêncio.
Depois de algum tempo, num esforço enorme,
Fecho os olhos e deixo-me ficar ali, imóvel, ouvindo o silêncio.
Depois de algum tempo, num esforço enorme,
levanto-me e sigo em direção do banheiro.
Preciso de um banho quente e demorado.
Aos poucos vou tirando a roupa, e quanto mais despida,
Preciso de um banho quente e demorado.
Aos poucos vou tirando a roupa, e quanto mais despida,
menos solidão eu sinto.
Olho-me no espelho...aparência cansada...
Olho-me no espelho...aparência cansada...
mas os olhos continuam brilhantes...
alguma coisa ali não mudou.
O tempo não extinguiu deles a esperança.
Como num ritual,
O tempo não extinguiu deles a esperança.
Como num ritual,
abro a torneira do chuveiro, deixando que a caloria da água embace o espelho,
e tal criança, começo a rabiscar coisas sem muito sentindo no vidro.
Vou pra debaixo da água e aquele toque me arrepia....
Vou pra debaixo da água e aquele toque me arrepia....
estranhamente não me sinto mais tão só.
Sinto sua presença ali.
Meu toque transforma-se no seu.
Falo, e ouço sua voz.
A água que desliza em meu corpo,
Sinto sua presença ali.
Meu toque transforma-se no seu.
Falo, e ouço sua voz.
A água que desliza em meu corpo,
são suas mãos me acariciando,
e isso desperta em mim um grande desejo.
Faço das minhas mãos as suas....
Faço das minhas mãos as suas....
da minha voz , suas palavras.
A cada som, mais e mais meu corpo se entrega.
Sua presença torna-se real.
Sinto seu corpo no meu.
Suas mãos percorrem meu corpo ,
A cada som, mais e mais meu corpo se entrega.
Sua presença torna-se real.
Sinto seu corpo no meu.
Suas mãos percorrem meu corpo ,
descobrindo segredos, descobrindo caminhos,
invadindo cada espaço de mim.
Essa invasão me excita.
Sua boca me suga...sua língua me possui.
Não tenho forças, nem vontade de resistir.
Me entrego...
Num segundo não sou mais eu...sou você em mim.
E te tenho e você me tens...
Então nosso desejo explode num prazer indescritível.
Essa invasão me excita.
Sua boca me suga...sua língua me possui.
Não tenho forças, nem vontade de resistir.
Me entrego...
Num segundo não sou mais eu...sou você em mim.
E te tenho e você me tens...
Então nosso desejo explode num prazer indescritível.
*21/03/09*
Quando mostrou-me o texto, ainda em fase de produção, achei de uma sensibilidade espantosa, (como se pudesse ser diferente com você)... E lembro que comentei sobre a identidade da solidão... Sobre como muitas pessoas se identificariam com as imagens produzidas pelo texto.
ResponderExcluirA parabenizo novamente e em público...rsrs
Abraço apertadinho na tua alma!
Perfeito...delícia de detalhes...um prazer ler você!
ResponderExcluirParabéns!!!