Estou me despedindo das dores.
Não que eu não carregue mais mágoas,
mais lembranças, rancores...
Apenas, mergulho em novas águas,
buscando novos amores,
esperando colher nas margens
as sementes largadas no rio.
Ainda tenho meu lado sombrio.
Mas perdi minha juventude na tristeza
enchi garrafas com minhas lágrimas
me jogando em incertezas
exalando pelos poros lástimas...
Não ganhei nada em troca.
Só feridas sobrepostas,
cicatrizes tortas,
uma natureza morta
que apagou o meu brilho.
Mas como um velho vinho,
melhorei com o tempo,
renasci do tormento
lançando palavras ao vento...
que voa e se perde,
mas volta e me ergue
na bondade que traz consigo,
no consolo do ombro amigo
que não cheguei a conhecer...
Mas hoje, me conheço.
Sou o fruto do tempo.
Um ser em movimento,
aprendendo com os próprios erros...
E eu tentando aprender também.
ResponderExcluirTe gosto muito.
beijos em seu coração