domingo, 1 de março de 2009

Nua...

mas para o amor
não cabe o pejo.
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo fremente,
a minha boca obedecia.
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos,
Disse-me ela, ainda quase em grito:
– Mais abaixo, meu bem!
– num frenesi, no seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem!
– disse ela, louca,
Moralistas, perdoai!
Obedeci...


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