sexta-feira, 30 de janeiro de 2009


Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.


Clarice Lispector
(29/01 - 22h35 )

sábado, 24 de janeiro de 2009

Submundo

No estudo da mitologia e religião, o submundo é um termo genérico referindo-se a qualquer lugar no qual as almas dos novos mortos vão. Na maioria das culturas, o termo se refere a um reino neutro ou distópico da vida após a morte, ao invés de um paraíso. Algumas vezes o submundo é identificado como "Inferno” uma vez que acreditava-se que ele estivesse sob a terra. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)
Mas existe também o chamado “submundo virtual”, ou seja, as salas que pouquissimas pessoas frequentam. Essas salas ficam “distantes do paraíso” onde encontra-se uma super população.
Depois de fazer parte destes dois mundos, posso afirmar com certeza que o “Submundo” é o paraíso, onde é possível encontrar em pouco tempo de estadia, o que não encontra-se em anos de frequência assídua no “Paraiso”.
No Submundo existe “Amor”, não do verbo amar, aquele que todos julgam conhecer, mas o “amor” do verbo viver, confuso não? Não, nenhum pouco....é claro, transparente feito água, basta ter sede e irá descobrir sobre o que estou falando.
Nosso Submundo, é presente, de pessoas presentes, de sentimentos presentes e latentes em busca de encontros e respostas.....de palavras, de aconchego....de olhares, de carinhos.....
Entendeu?

Não?

Vamos lá....
Não se vai ao céu sem se conhecer o inferno, um muito pessoal e particular, que concentra todo o negativismo que há no "mundo", mas enquanto não se morre, o meio termo “submundo ou limbo”, traz a consciência de nós enquanto seres maravilhosamente afetivos e falhos, depuradas as frustração e negativismos do "mundo".
Escrito a 4 mãos.....
"Olhar Feminino e Aluada"

Palavras de uma saudade

Costumamos dizer que o tempo cura tudo, que através dele tudo se resolve, será mesmo?
Será que se ficarmos esperando um amor, o tempo o trará?
Ou será que temos que estar numa busca constante pra poder encontrá-lo?
E pra esquecer um amor, uma dor, devemos deixar o tempo se encarregar ou temos que buscar por nós mesmos saídas e soluções?
Devemos logo colocar outra pessoa naquele vazio que ficou quando a pessoa amada foi embora ou temos que esperar aparecer a “pessoa certa”?
E se essa tal pessoa certa não aparece, como ficamos?
Sozinhos, tendo como companheira apenas a saudade?
Saudade?
Ahhh.....a saudade...
Palavra tão bonita e que na maioria das vezes é tão dolorida que nem nos damos conta da beleza dela.
Por que saudade tem que ser sinônimo de dor?
Será que é por que nos lembramos que um sentimento, um relacionamento, ou seja lá o nome que tenha, se acabou?
Por que não podemos senti-la, relembrando o que um dia existiu e que teve tantos momentos bons....tantos momentos bonitos...
Será que pra lembrarmos alguém temos que “doer”?
Doer por dentro, de uma maneira que as pessoas não vêem...
Doer por dentro, tanto, tanto que fica visível aos olhos dos mais atentos?
Não, saudade não é só isso!
Mas não adianta falar, porque é assim que sentimos. Todos nós. Ninguém se dá conta de que saudade não precisar ser dor.
Dor é quando o amor que era dos dois, em um deles teve fim.
Dor é quando mesmo não querendo admitir, o outro foi buscar a felicidade em outros lugares, longe de nós.
O ideal para que não sentíssemos saudade nem dor, seria que o amor, que era dos dois acabasse no mesmo instante; que quando um deixasse de amar, o outro também; assim ninguém sofreria, não sentiria saudade, não sentiria dor, nem precisaria esperar pelo tempo pra sentir-se pronto pra um novo amor...
"Olhar Feminino"

domingo, 18 de janeiro de 2009

Vampiros

Eu não acredito em gnomos ou duendes, mas vampiros existem. Fique ligado, eles podem estar numa sala de bate-papo virtual, no balcão de um bar, no estacionamento de um shopping. Vampiros e vampiras aproximam-se com uma conversa fiada, pedem seu telefone, ligam no outro dia, convidam para um cinema. Quando você menos espera, está entregando a eles seu rico pescocinho e mais. Este "mais" você vai acabar descobrindo o que é com o tempo.
Vampiros tratam você muito bem, têm muita cultura, presença de espírito e conhecimento da vida. Você fica certo que conheceu uma pessoa especial. Custa a se dar conta de que eles são vampiros, parecem gente. Até que começam a sugar você. Sugam todinho o seu amor, sugam sua confiança, sugam sua tolerância, sugam sua fé, sugam seu tempo, sugam suas ilusões. Vampiros deixam você murchinha, chupam até a última gota. Um belo dia você descobre que nunca recebeu nada em troca, que amou pelos dois, que foi sempre um ombro amigo, que sempre esteve à disposição, e sofreu tão solitariamente que hoje se encontra aí, mais carniça do que carne.
Esta é uma historinha de terror que se repete ano após ano, por séculos. Relações vampirescas: o morcegão surge com uma carinha de fome e cansaço, como se não tivesse dormido a noite toda, e você se oferece para uma conversa, um abraço, uma força. Aí ele se revitaliza e bate as asinhas. Acontece em São Paulo, Manaus, Recife, Florianópolis, em todo lugar, não só na Transilvânia. E ocorre também entre amigos, entre colegas de trabalho, entre familiares, não só nas relações de amor.
Doe sangue para hospitais. Dê seu sangue por um projeto de vida, por um sonho. Mas não doe para aqueles que sempre, sempre, sempre vão lhe pedir mais e lhe retribuir jamais.